sexta-feira, dezembro 05, 2008

Roda de leituras no Espaço Cultural do Grupo Queimados Encena


No dia 06 de dezembro a “Jornada Baixada: 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos” chegará à cidade de Queimados através do projeto “Roda de leituras” que ocorre no Espaço Cultural do Grupo Queimados Encena. O tema deste dia será a peça teatral "Calabar”.

“Queremos afirmar que a Baixada não é somente palco de violências, que aqui existem muitos movimentos e pessoas que atuam para a valorização da vida e a consolidação dos direitos humanos de diversas maneiras. Estas devem ser reconhecidas pelo seu trabalho” - afirma Adriano Dias , da ComCausa - “Iniciativas como a do Queimados Encena é uma materialização disto. Sem grandes apoios o grupo abriu seu espaço cultural e o equiparam com material reciclado. A iluminação, por exemplo, foi montada com refletores de lata de massa de tomate”.

O evento é gratuito e começará às 18 horas.

Após a roda de leitura haverá um debate entre os participantes, membros da ComCausa e Queimados Encena.

Local: Rua Mustafá Kalaoun 116 – Centro – Queimados (em frente ao antigo parque).

Mais informações é só ligar para 3045 6642.

Para saber mais acesse: www.comcausa.org.br/queimadosencena

segunda-feira, setembro 29, 2008

Quando o inusitado acontece...

Ontem algo inusitado aconteceu: No trem que estava, de repente, entra-se dois (eu disse dois!) grupos de FOLIA DE REIS. Não precisa nem dizer o quanto isso causou um estandalharço, mas, dentro do ramal Japeri, em meio a pregações fanáticas e gente querendo salvar nossas almas, eu confesso que gostei de rever essa autêntica manifestação da cultura popular e saber que ela ainda não acabou.
Pelo visto, mantém-se resistências.
Cheguei lembrar minha infância e como as outras crianças morriam de medo do palhaço que dançava como um louco ao toque de bumbos, violões, pandeiros e outros instrumentos musicais. E temi que a criança de colo do meu lado pudesse ficar assustada. Não ficou... Ao contrário, ela adorou a alegria.

Já não se fazem mais crianças como antigamente. Pensando bem, acho que não se fazem mais é FOLIA DE REIS... É uma pena...





SOBRE A FOLIA DE REIS
A Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país.


Fonte:www.wikipédia.com




O palhaço é elemento animador em uma Folia de Reis




Canções.

Em algumas regiões as canções de Reis são por vezes ininteligíveis, dado o caos sonoro produzido. Isto ocorre quase sempre porque o ritmo ganhou
ao longo do tempo, contornos de origens africanas com fortes batidas e com um clímax de entonação vocal. Contudo, um componente permanece imutável: a canção de chegada, onde o líder (ou Capitão) pede permissão ao dono da casa para entrar, e a canção da despedida, onde a Folia agradece as doaçoes e a acolhida, e se despede.



A porta estandarte descansa enquanto os grupos tocam na composição








quinta-feira, julho 31, 2008

Curso de formação política 2008 -Diocese

Como em todos os anos a Diocese de Nova Iguaçu, através do seu núcleo em Queimados -Fé e política - fez durante todas as segundas, quartas e sextas de Julho o"curso de formação política".
Este ano vários temas foram discutidos por assessores das mais diversas áreas.








Tive a honra de ontem, junto com Mário Rufino, Historiador e militante social, encerrar com o tema "lei 9840 - Práticas e reflexões".
O debate reuniu e agregou os participantes em torno da autocrítica de contribuirmos para que a corrupção se dissemine; as formas de se comprar e vender votos; denúncias e exemplos concretos que vem acontecendo na conjuntura dessas eleições, trazidas pelos participantes.
Como Ação concreta, propomos devido ao pouco tempo que tivemos, aprofundar esse debate para próxima sexta-feira e quem sabe construir com os que se dispuserem um "comitê 9840" municipal.

O desafio foi lançado...

sábado, abril 19, 2008

Ruínas de Engenho em Queimados


Foto: DELFIM













Uma das hipoteses para o nome de Queimados, é que a cidade era onde se "Queimava" os escravos com Hanseníase (lepra) na época. Inclusive o que hoje chamamos de rua dos Lazaretos, era local de tal fogueira humana e teria sua origem nesta versão.
Verdade ou não, o fato é que a cidade tem provas que viveu intensamente esse período de engenho e do ciclo da Cana-de-áçucar. Exemplo disso são as ruínas encontradas pelas bandas dos arredores do bairro de Santo Expedito, Santa Rosa. A construção é feita num período que se usava óleo de baleia como argamassa.
Por falta de uma política de manutenção de nosso patrimônio histórico, essas ruinas estão condenadas a deixarem de existir. Isso porque, segundo fontes do local, hoje elas estão situadas num terreno gerenciado pela Light S/A e pode ser demolida ao bel-prazer da empresa.

Situações como essa nos faz pensar e bater na mesma tecla, quanto se perde quando não se tem uma educação voltada para a cidadania e a cultura local...

Já imaginaram quanto seria interessante que esses locais fossem reconhecidos como patrimônios históricos, recebessem visitas de alunos e aulas "ao vivo" onde os alunos pudessem sentir que fazem parte da história que não é só uma gravura de um livro?

Vai aqui meu humilde apelo para que se comece a mapear lugares como esse. Quem disse que Queimados não tem uma vocação cultural?

sexta-feira, abril 18, 2008

Queimados: Uma Cidade sem Identidade Cultural.















"(...)Nosso nome tem história
De escravos, leprosos, imperador
Não importa sua origem
hoje tem o seu valor!(...)" Trecho do Hino do município de Queimados

O compositor do hino, comete um equívoco na minha opinião: É possivel existir cidadãos onde não existe uma referência de cidade? Sinceramente não sei, mas acredito sinceramente que não.

Em 2006, quando comecei a participar da construção do fórum de cultura popular. De inicio, como sou desconfiado com as coisas do governo (afinal, tenho motivos para isso...), fui inicialmente conhecer como é. Percebi que se tratava de uma construção coletiva e a pessoa que encaminhava isso pelo departamento de cultura, era realmente competente, engajada e preocupada com a causa, mesmo não sendo moradora de Queimados, a psicóloga Carla Damas. Além disso, ela tinha uma das atribuições mais raras em nossa prefeitura: Ser concursada,(Pasmem! Queimados já teve concurso para servidores!) e isso já era um traço diferencial.
O grupo que se juntou também tinha características peculiares que me faziam acreditar que, o que se buscava era realmente algo além de "objetivos eleitoreiros". A proposta por si só, faria com que os oportunistas fossem desmascarados. Sugerido que começassem grupos de trabalho que estudassem desde documentos oficiais, visitas a conselhos estabelecidos, cursos de gestores etc. Seria realmente uma contrução e não algo pontual. Assim, sendo, resolvi na ocasião entrar de cabeça na idéia. (vide algumas postagens de 2006)

Foram realizadas três etapas de construção deste fórum que culminaria com uma conferencia que elegeria conselheiros para o conselho municipal de Cultura. A própria legislação do conselho de Cultura fora modificada com a pressão desse grupo e reflexão feita na visitas a conselhos que já existem. A lei aconteceu, a conferência ainda não. O vinculo criado a partir desse grupo e as vitórias alcançadas graças à organização, no entanto, me faz acreditar que a luta foi adiada, não perdida.

Foi exatamente numa destas etapas do fórum que descobri na prática algo que estava tão obvio que eu não me dava conta: Nós realmente não temos uma identidade. Nossa história tem várias versões, a origem do nome da cidade, sua fundação etc. Até mesmo nossa história recente é perdida em arquivos de particulares e não é divulgada.

Somos na maioria queimadenses por acidente, não porque queiramos. Ao contrário, esperamos a primeira oportunidade de sair para outro lugar. Não temos vínculo com nossa cidade e nem sabemos nossa origem: somos uma cidade indigente.

Me impressionei com os relatos de pessoas sobre fatos de nossa história, cultura, na existencia dos engenhos, das fazendas. Me embriaguei no meio dos "causos" contados e de personalidades e até mesmo na participação de uma parte de minha familia ( vejam só!) em acontecimentos marcantes, como por exemplo, a presença do meu avô na visita de Luis Carlos Prestes e sua mulher Olga Benário em Queimados. Pois é, eles estiveram aqui.

Sai daquele fórum com a impressão que ao procurar a cultura e a identidade de minha cidade tinha me descoberto.

Tive a certeza que é possível, e que essa cidade pode sim, se desenvolver construir algo melhor com vontade política e competencia. Mais que isso, isso tem que vir do próprio povo, é preciso "empoderá-lo", dar poder a ele antes de tudo. descentralizar.

A partir daí, os caminhos vão se tecendo como uma rede de pescador...

Espero ainda ver a construção de um acervo histórico no município e que todos tenham orgulho de morar aqui... Mas o caminho é para ser construido, e se: "Nossa história é de lutas" como diz o refrão do hino, precisamos conhecê-la...

sexta-feira, março 21, 2008

A “NOVA” CULTURA CAPITALISTA: EM CONSTRUÇÃO DE UMA JUVENTUDE CONSERVADORA.

O que parecia um contra-senso a meu ver, parece tornar cada vez mais forma em nossos espaços: está em construção uma juventude conservadora ou para fins conservadores. Apática, desiludida, desamparada, desorganizada, manipulada, depressiva e dependente são só alguns adjetivos que é comum serem usados para se referir a juventude pós -moderna. Pessoalmente, resguardo-me o direito de dizer que utilizo a palavra “conservadora”, nos sentidos que ela em si possui: de manter, permanecer num estado.

O contra-senso está que na palavra “juventude”, vem imediatamente à cabeça a idéia de “novo”, “de mudança”, de formas de ver diferentes e questionadoras. Não me lembro de nenhum fato histórico em que mudanças ocorreram sem a participação efetiva da geração mais nova. Ao contrário, na maioria dos casos ela não só é participante como é protagonista. E isso me suscita sérias indagações sobre uma atual juventude que parece está centrada no supérfluo; desvinculada das relações que acontecem em sua volta e de si mesma, com isso, entre outras coisas, evitando se organizar e buscar meios e soluções para os seus problemas contemporâneos; desorientada em meio a tanta informação sem reflexão; cada vez mais vulnerável para ser manipulada.

Um dos motivos pode ser atribuído ao fato se ter uma imensa parcela da juventude que é mantida alheia as políticas públicas de longo prazo; e por outro lado, esta continua sendo usada como massa de manobra de consumo, reprodução de idéias e lógicas conservadoras e individualistas e/ou clientelistas.

A sutilidade que poucos parecem refletir ou perceber, me parece que esteja no discurso. Se atualmente não vivemos mais sob a ditadura, esse período deixou traumas e hábitos enraizados em nossa subjetividade; no nosso íntimo, mesmo que não o tenhamos vivido. Infelizmente, inconsciente ou não, isso é construído e reforçado pelas nossas instituições sociais, aos quais incluo especialmente a mídia. Desde nossa família, passando muitas vezes por nossas crenças, nossa educação formal (ou falta dela!), nossas relações com o ESTADO e toda uma grande rede de relações que podem nos levar tanto questionar ou manter, ou nos confundir nosso estar no mundo. Não se trata de se criar juízos de valor sobre essas instituições, muito menos suas legitimidades, mas de perceber que elas estão inseridas numa “nova” cultura.

Esta “nova” cultura, na verdade é uma velha de roupa nova: É a lógica capitalista. Que atualmente vai além do próprio sistema econômico e que não é mais tão necessária ser construída e forçada através de armas e militares (só se alguns insistirem em ser teimosos!) como no período da ditadura, mas, em nossa SUBJETIVIDADE. Especialmente no intimo da juventude, e que vai sendo inserida assim: em seus valores, em sua CULTURA PRÓPRIA, na internalização de falas como: “não adianta mudar”; “nunca se vai mudar”; “as coisas sempre foram assim, é natural”; “para que lutar?”; “Para que mudar? Ao menos assim eu conheço, e se for pior a mudança?”; que garantirão que no futuro as coisas continuem do jeito que estão. Apesar de ouvirmos muitas vezes de suas bocas, creio que essas não são falas dos jovens, nem do futuro: são de todos aqueles que querem manter as coisas como estão a qualquer custo.

Assim, ao citar os meios de comunicação sociais, não delego, como muitos gostam de fazer, toda a culpa a eles por essa alienação da maioria de nossos jovens. Eles certamente fazem parte e têm atualmente força determinante, em muitas ocasiões. Daí a atribuir todo o papel da alienação à mídia é, em minha opinião, simplista. É desconsiderar essa construção histórica que todos estamos submetidos e impregnados. Um culto à cultura individualista, consumista e desumana como modo de ser no mundo, que nos faz peças de engrenagens ao invés de pessoas.

Não é por acaso que alguns grupos buscam divulgar CULTURAS ALTERNATIVAS, especialmente com a juventude. Elas aparecem sob vários nomes: cultura de direitos, cultura local, democratização dos meios de comunicação, cultura ecológica etc. Estes grupos já perceberam que existe um modelo fabricado para esse público que ajuda a conservar as desigualdades que existem e produzir o consumidor em potencial; e, através de outras formas de ver, questionam essa hegemonia de como que se deve OUVIR, FALAR, LER, DESEJAR, AMAR E SER jovem. Com isso, inserem a discussão e conseguem pequenas e significativas vitórias, reestabelecem “micro-políticas”, “micro-revoluções” em espaços locais, na internet, em jornais como esse ou até mesmo dentro de governos.
É por acreditar e ver resultados nessas micro-políticas e micro-revoluções que estou no movimento social e participo de projetos assim...
Tenho a convicção que as forças de uma mudança realmente estrutural não podem ser contidas; e que a CULTURA é um dos espaços privilegiados para que isso aconteça; entretanto, é preciso que trabalhemos para que estas sejam em prol do ser humano e não da exploração do homem e da privação da liberdade e dos direitos humanos. E como sei que não ficaremos muito tempo por aqui, é junto com a juventude de hoje que precisamos levar novas idéias e refletir sobre as atuais. Lutar para que a nossa juventude seja protagonista e crítica é muito mais difícil para os que preferem “corpos dóceis” e alienados. Mas é preciso. Para o bem de toda uma geração atual e ainda por vir.

terça-feira, janeiro 29, 2008

QUEIMADOS ou ZONA SUL? Onde quer comprar casa?
















Em nossa cidade o imóvel é mais caro que em muitas áreas nobres do rio...
Isso se chama especulação mobiliária, prática muito comum por aki...
Eu tenho um imóvel e peço um absurdo pq não estou desesperado para vendê-lo mesmo Aí, um empresa estatal ou grande empresa acaa por paga o preço. A partir daí todos passam a usar o parâmetro absurdo... Só pa ter uma idéia uma casa de 2 quartos simples no bairro Paraíso pode custar minimamente r$ 80,000,00. Preço de um apartamento na zona sul. E Aí? Queimados ou zona sul? Queimados é claro que tem mais estrutura, saneamento, opções de lazer, motivo do preço alto...

Quando se vai comprar, alguns poprietários, dizem: Não quer? então deixa aí...

Isso acontece pq nenhuma prefeitura não põe em pratica o IPTU progressivo para imóveis qu não estão sendo usados (inclusive no centro) servindo para especulação...
Alguns prefeitos estranhamente foram ou são donos de alguns predios... se for verdade é no mínimo anti-ético, para pegar leve...

Dizem que certos aluguéis do centro para certos prédios públicos são verdadeiros absurdos...

Verdade ou não... Uma coisa é fato morar em Queimados é mais caro que na zona sul... Estranho, não?

Abraços.

PS. No novo plano diretor já existe a questão do IPTU progressivo... mas se que alguém responsável vai fazer valer e comprar essa briga?

Acho que não... Não há interesse, só beneficiados...

sábado, janeiro 19, 2008

Bem-vindo Coletivo de comunicação e cultura popular!
















Queimados ganha mais uma iniciativa de comunicação e cultura na rede: o COLETIVO DE COMUNICAÇÃO E CULTURA POPULAR VLADIMIR HERZOG, a iniciativa tem o apoio da Rádio Novos Rumos e tem o objetivo de divulgar, interagir e criar espaços de discussão e debates sobre temas relacionados a comunicação e a cultura. Além disso, há proposta de projetos específicos como o projeto "crescer", sobre infância e "Entre amigas", sobre a questão da mulher.
Tendo a frente Carlos Ars e todos os demais colaboradores, o site mostrou que veio pra ficar. Basta conferir...
O nome do coletivo é uma homenagem ao jornalista Vladimir Herzog que morreu no período da ditadura torturado em sua cela.

http://www.comunicacaopopular.org/cgi-bin/go.cgi

sábado, janeiro 12, 2008

A 1º Rádio comunitária do Brasil agora é legal!








José Soares, Atual presidente da NOVOS RUMOS





Depois de anos e anos com interdições da polícia federal e problemas com a justiça, a Rádio "Novos Rumos" , A primeira rádio comunitária do Brasil (um orgulho queimadense) conseguiu junto ao ministério das comunicações sua Ortoga para funcionamento.
"Esse é um momento Histórico e é fruto não só do trabalho dessa diretoria, mas um desdobramento de todas as que mantiveram a rádio aberta até aqui" - Diz o atual presidente da RADIOCLUBE DE QUEIMADOS,nome jurídico da Rádio Novos Rumos. A notícia foi dada dentro do programa "Mobilização comunitária" neste sábado dia 12/01/2008. O programa contou com a presença de diretores, fundadores e amigos da rádio.
" O compromisso agora dobra. Com a legalização vem junto também uma fiscalização maior e alguns compromissos que não podemos nos abster" - completa.
A rádio Novos Rumos se autosustenta com a contribuição de seus associados e programadores e tem passado por algumas dificuldades financeiras. " A rádio é da população não tem dono! Qualquer cidadão pode se associar a rádio e ajudar a mantê-la, participar de sua gestão, votar nas assembléias... isso é que caracteriza uma verdadeira rádio comunitária..."
Parabéns a novos Rumos!
Parabéns a todos aqueles que acrditam na democratização dos meios de comunicação!