quinta-feira, novembro 06, 2014

Cronica de um Junho estranho.

(feita em JUNHO DE 2013, durante as manifestações populares que ocorreram no país)

Ninguém reclama ( ou será que as coisas andam bem?)
Muitos calados, muitos assalariados, muitos de nós alheios;
sem projetos de mudanças, só reformas e manutenção.
cadê os que estavam aqui com a gente?
Agora trabalham para os que lutavam contra nós antes...

Tá tudo na mesma
os "intelectuais" não querem pensar, preferem repetir
 o que já foi pensado para não se arriscar
os guerreiros não querem guerrear
preferem as batalhas que já foram ganhas,
Dos inimigos que não os representam
Também não querem arriscar

Boa parte dos partidos não querem assumir bandeiras.
Esquivam-se de uma posição, para não terem que defendê-la.
Porque dizem que as idéias diversas morreram, e hoje reina a padronização de pensamento
A política é tida como suja e naturalmente aceitamos que quem nos governa não nos serve.
Mas é o que temos. Melhor não arriscar. Afinal, consigo ver coisas boas nas dentaduras distribuídas
pelo preço de carros populares.

E daí? Os políticos são corruptos!
Nós, virtuosos e profundos críticos de bar.
Mas se me chamam para uma votar em pessoas honestas,
já sei o resultado: Não vão ganhar.

No entanto, há algo estranho neste Junho que passou
Será que eu vi um vulto na multidão dita alienada?
Guiada por redes sociais virtuais
e homens "anônimos"?

Trataram  logo de  tomar
a própria manifestação dos acadêmicos com causa
e distribuir em coisa nenhuma. Ou com várias causas, tanto faz. Divide-se a força inicial
E anônimo pode ser qualquer um. Até meu algoz.

Mas não dá pra esconder: existe um fato. Minimiza-se. O fato aumenta. Se alia.
Transforma-se em um desfile cívico e organizado, atrapalhado por alguns insatisfeitos pensantes.
ou por infiltrados convenientemente tido como vândalos.
Depois coopta-se para uma moda.
E tira-se o significado.
Engenharia social é assim.
Marx saberia descrever se vivesse neste tempo de complexos e redes.

Hei, não é isso que eu quero dizer...
Mas não pode nem falar de Marx?
é Apartidário? Jura?
Mas eu não sei como agir sem causa ou propósito.
Me calaram...
Não sei o que foi.
Mas eu vi um vulto.
E meninos de máscara falando de tudo...
Eu embora goste de gente na rua,
penso que há algo estranho...

E Anônimo pode ser qualquer um...Até meu algoz.

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